Olá geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido para
anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa
luz!
A paz seja sobre suas vidas! Amém!?
Quero compartilhar com os irmãos algo que tem bradado em meu coração há
algum tempo.
Sabe quando Deus te entrega algo, um sonho; uma visão; uma estratégia;
uma palavra... e às vezes você naquele momento não sabe o que o que fazer com
aquilo? Isso acontece ou já aconteceu com você?
Então... Isso aconteceu comigo! No momento não entendi, achava que era
uma simples curiosidade, mas era o próprio Deus falando comigo.
Certa vez, ensaiando para o louvor foi sugerido cantarmos a música
“Maravilhado”, e eu mesmo sem estar totalmente familiarizada com a canção disse
sim. E enquanto ensaiávamos a canção algo me intrigava na frase: “Oh! Santo
Deus quebro o vaso de alabastro sobre o Deus que sabe me maravilhar”.
Fim de ensaio, fui embora com isso martelando dentro de mim. Me
perguntava: Que vaso é esse? O que ele tem de especial? O que ele contém? Qual
o sentido de quebra- lo?
E no dia de ministrarmos, as indagações seguiam e eu não estava “à
vontade” com a canção, não queria cantá-la sentindo essa estranheza, eu não havia
digerido a canção. Como ministra-la? Eu pensava.
Quando em oração eu pedi a Deus que falasse comigo e através de mim e
como que instantaneamente me vem ao coração uma única e simples palavra –
Bíblia- (uma dica, não fique esperando uma voz estrondosa, um vento um arrepio.
Quer ouvir Deus falar? Leia a bíblia!)
Foi quando ali ajoelhada me apoiando na cama o Senhor me leva a Lucas
7: 36 ao 50 e Mateus 26: 6 ao 13
Duas mulheres em situações diferentes resolvem se desprender do que pra
elas era precioso.
Uma pecadora que com toda ousadia, com lágrimas de arrependimento molha
os pés de Jesus e soltando os cabelos limpa os pés empoeirados de Jesus e
quebra o vaso de alabastro sobre seus pés sem se importar com que os outros
iriam pensar, quebrou os costumes daquela época e saiu dali salva.
A outra, uma mulher que foi criticada por derramar sobre a cabeça de
Jesus algo tão caro. Desperdício, por que não gastar com os pobres, diziam os
homens que estavam perto.
Naquele momento me vi pesquisando sobre o tal vaso de alabastro.
Descobri que o vaso de alabastro era um vaso feito de uma pedra, muito caro
equivalente a um ano de trabalho daquela época, era um sinal de status, pois
contia um unguento, uma essência muito valiosa, era carregado preso a um colar
ou a um cinto, era bem fechado para não perder a essência e para usa- la era
necessário quebrar o gargalo do vaso que depois não poderia ser reutilizado.
Dizem que para uma moça era importante possuir um vaso de alabastro pois esse
era derramado sobre os lençóis no dia de núpcias.
Foi quando percebi a grandeza da atitude dessas mulheres e pedia a Deus
perdão quando entendi sua palavra e vontade.
A verdade é que temos guardado pra nós aquilo que é valioso; estamos
muito dependentes das circunstâncias, da situação; presos ao que os outros vão
pensar; ao que é bom segundo costumes que nós mesmos criamos; apegados a coisas
que precisamos abrir mão mas nos custa muito; nos falta ousadia e com isso
temos muitas vezes deixado de adorar, não temos mais surpreendido o Senhor como
fizeram aquelas mulheres.
Queremos ser reconhecidos, ter status. Quantos vasos de alabastro
queremos ter pendurado ao pescoço? Sem querer abrir mão por tantos motivos...
porque é difícil, porque custa muito, porque junto com eles vai nosso eu, nosso
orgulho, nossas vontades...
O que vão pensar de mim? Assim como com aquelas mulheres vão criticar
você, mas elas estavam ali em adoração, dispostas a agradar ao Senhor e com
isso, apenas com isso se importaram. Quebrar o vaso de alabastro sobre os
lençóis e deixar o perfume exalar queria dizer “estou casada”. É como se
naquele momento elas dissessem meu compromisso é com o Senhor, com Ele tenho
que me preocupar; e assim nós devemos fazer, é com Ele nosso compromisso e com
Ele devemos nos importar. Tantos costumes elas quebraram, entrar na casa
daquelas pessoas sem ser convidada, soltar os cabelos, ungir os pés, quebrar o
vaso sobre Jesus... Elas sabiam que poderiam ser criticadas, mas se importavam
em agradar ao Senhor mesmo que pra isso precisassem desagradar alguns homens.
Elas não sabiam quando teriam outro vaso de alabastro ou se teriam mas o que
queriam era derramar sua essência sobre o Senhor.
O que você tem oferecido ao Senhor? O que quer derramar sobre Ele? O
que te custa muito? Seu tempo, seu trabalho, sua reputação, seu dinheiro, sua
disposição para as coisas de Deus...
O Senhor quer que o surpreendamos. Ele não quer o tempo que sobra, o
amor que sobra, a dedicação que sobra. Experimente dar a Ele o que lhe custa e
você vai perceber que nem precisava daquilo tanto assim, que a graça do Senhor,
a mesma que fez com que a mulher pecadora encontrasse salvação, ela sim nos
basta, é suficiente e em Deus nos completa.
E foi isso que o Senhor quis ministrar naquele culto, onde havia muitas
pessoas frias, mortas espiritualmente. E naquele dia houve um delicioso
derramar do Espírito Santo, e aquele que se desprendeu, que abriu mão do que
lhe custava e quis sentiu a presença do Senhor, conheceu o que é adoração,
adorou com intensidade, houve arrependimento e eu creio que houve salvação. Eu
pude ver pessoas sendo batizadas com o Espírito Santo, renovadas, perdoadas,
com o rosto molhado, com o vaso de alabastro quebrado mas exalando o perfume da
unção.
Que o Senhor nos ensine a quebrar os nossos vasos de alabastro.
A paz de Cristo reine sobre suas vidas!
Deus os abençoe!
Por: Tamiris Soares (Vocal Virtude)